terça-feira, 16 de abril de 2013


PSB QUER EVITAR LIMITAÇÃO DE DIREITOS PARA NOVAS SIGLAS PARTIDÁRIAS

A proposta que limita direitos dos novos partidos políticos ao Fundo Partidário e ao tempo de propaganda no rádio e tevê (PL nº 4.470/12) pode ser apreciada no Plenário da Câmara nesta terça-feira (16). O requerimento para a votação, em regime de urgência, está na pauta da reunião extraordinária, convocada para esta noite. A ideia é aprovar a proposta na Câmara e enviá-la ao Senado, para votação ainda amanhã.

Parlamentares criticam o empenho de lideranças de partidos maiores e do Governo Federal para aprovar a proposta. O governador de Pernambuco e presidente Nacional do PSB, Eduardo Campos, classificou a articulação para barrar a criação de novas legendas como uma “agressão”.

O governador ressaltou, ainda, a incoerência que seria gerada, uma vez que todos os diretos foram assegurados ao recém-criado PSD e não há motivo para que o mesmo não seja feito com outros que se encontrem em situação semelhante.

O texto estabelece que uma nova agremiação ou que seja fruto de fusões só terá direito a espaço para propaganda gratuita ou aos recursos públicos, após eleger bancada federal. Para o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS), a medida deveria ser adotada somente a partir da próxima legislatura, pois impede o fortalecimento de novas forças políticas. “Não é correto limitar os direitos dos novos partidos, que possuem estrutura legítima dentro de um regime democrático.”

Representantes da REDE, sigla que está em processo de criação pela ex-senadora Marina Silva, afirmam que o interesse é eliminar "de forma casuística quem ameaça a reeleição do governo" e que é "um golpe contra a democracia”. Ao encontrar Marina nesta tarde, no Salão Verde da Câmara, Beto declarou apoio e o comprometimento do PSB em votar contra a matéria. “Estamos juntos para garantir a livre filiação partidária e que seja assegurado a ela o direito de criar um novo partido”, assegurou à ex-senadora.

FUSÃO – O projeto também prejudica os planos do PPS e do PMN, que acertam a fusão das duas legendas. Diante das manobras de votação da proposta, as siglas devem anunciar, já nesta quarta-feira (17),o acordo para formação do novo partido.

Na última semana, integrantes do PT e do PMDB articularam nos bastidores para aprovar o requerimento que acelerava a votação da matéria. A medida, tomada sem o conhecimento da maioria dos líderes partidários, não foi aceita pelo PSB, PSDB, PPS e PV. A proposta acabou não sendo aprovada.

“Na semana passada, conseguimos segurar o tratoraço, mas desta vez, infelizmente, é provável que consigam atropelar”, lamentou Beto ao falar da articulação existente em torno da aprovação do requerimento e da votação do mérito da proposta.
Tatyana Vendramini - Assessoria de imprensa da Liderança do PSB na Câmara

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