segunda-feira, 6 de maio de 2013



PSB DESTACA PARTICIPAÇÃO DE FERNANDO LYRA NA REDEMOCRATIZAÇÃO DO PAÍS
Geraldo Magela/Agência Senado    
O Congresso Nacional homenageou em sessão solene, nesta segunda-feira (06), o líder político Fernando Lyra, morto no último dia 14 de fevereiro. Ex-deputado estadual, federal e ministro da justiça, o pernambucano é visto como um dos principais articuladores da redemocratização no Brasil.
Em discurso no Plenário do Senado Federal, o deputado socialista Gonzaga Patriota (PSB-PE) ressaltou a relevância de Lyra para a democracia nacional. “Sem dúvida, foi um exemplo de homem público e incansável defensor das instituições democráticas a favor do povo brasileiro.”
Por meio do vice-governador João Lyra Neto (PDT-PE), irmão do homenageado, o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, desculpou-se por não estar presente à sessão devido a compromissos assumidos anteriormente. Ele enviou algumas palavras em homenagem a Fernando Lyra, que considera um dos maiores pernambucanos da história. “O Brasil deve sua democracia a alguns nomes: um deles é Fernando Lyra”.
SOCIALISTA — Com mais de 40 anos dedicados à vida pública, Fernando Lyra elegeu-se deputado federal pela primeira vez em 1970 pelo então MDB, onde integrou o chamado “grupo dos autênticos”. No entanto, desiludido com o PMDB, filiou-se ao PDT em 1987.
Em 1985, ao ser indicado Ministro da Justiça por Tancredo Neves, o pernambucano nascido em Recife serviu ao povo brasileiro com visão de futuro e largueza de espírito e fez o que chamou de "remoção do entulho autoritário". Liquidou com a censura, revogou as leis de exceção, implementou a lei da Anistia e, sem alarde, removeu de postos de comando os remanescentes da ditadura. Assim, tornou-se conhecido como o "ministro que acabou com a censura".
No Congresso, participou ativamente da Constituinte. Na eleição de 1989, foi vice na chapa de Leonel Brizola, que apoiou Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno contra Fernando Collor. Já com a saúde debilitada, Lyra permaneceu na Câmara por mais duas legislaturas, mas em 1998 decidiu não concorrer. Então trocou o PDT pelo PSB.
Em 2006, aplicou a sua habilidade como um dos articuladores da campanha que levou Eduardo Campos ao Palácio do Campo das Princesas. Nos governos Lula, ocupou seu último cargo público como presidente da Fundação Joaquim Nabuco, de 2003 a 2011. Lyra também tinha forte relação com Brasília, onde morou por muitos anos e fez amigos.

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